Não sabia bem como começar, mas sabia que tinha de começar de alguma forma. Então olhou bem para suas mãos e decidiu ainda com o resto entre elas que deveria falar com ele ainda hoje, não poderia passar de hoje.
Levantou a cabeça e saiu depressa em direção à porta, mas antes que a abrisse completamente sentiu um baque forte do outro lado acompanhado de um gemido agudo de dor, ela não pôde acreditar, mas sim, era ele.
Ela não sabia o que dizer, nem mesmo o que fazer, se ria ou se começava a se desculpar. Então optou por se calar e correr para pegar uma toalha com gelo, parecia que havia quebrado o nariz dele, o que de fato o fez. Sangrava muito e ela assustada e culpada, óbvio, pegou as chaves do carro e disse que iam ao hospital imediatamente. Era impressionante, mal haviam passados 2 meses que ela estivera naquele mesmo hospital, voltara, mas agora não era ela a enferma. Em compensação era a causadora de tudo aquilo. Após alguns momentos e um curativo que mais parecia um escudo protetor contra alguma nova investida, ela tomou coragem e se desculpou, ele apenas sorriu, ela não entendia o porque daqueles risos, começou a achar que seria o anestésico que o medico dera, mas resolveu simplesmente perguntar e assim o fez, ele a olhou e a respondeu lembrando-a de como se conheceram. Aquela noite no restaurante que ela estava com algumas amigas e acabara desmaiando e cortando a cabeça, indo a aquele mesmo hospital. Após aquela noite eles não mais deixaram de se ver, todos os dias, quando não era no restaurante, iam ao cinema, ele a pegava no trabalho, simplesmente não mais conseguiam ficar separados por muito tempo.
Ela o olhou com uma mistura de raiva e carinho, mas o carinho foi mais forte e ela acabou rindo junto a ele.
Voltaram para a casa dela e lá decidiram passar a noite, era uma noite fria, chovia muito, isso só os fez ficar cada segundo mais próximos, seus corpos colados, a mão dele deslizavam para cima e para baixo em seu cabelo muitas vezes chegando até a nuca e esfregando a ponta de seus dedos, aquilo a deixava arrepiada e ele sabia. Seus olhares se cruzarem por um segundo e eles sabiam exatamente onde aquele olhar os iria levar.
Ele foi rápido, seus braços a puxando para bem mais perto de seu peito, os braços dela foram ao encontro de seu pescoço, um abraço apertado, e o hálito doce e quente dela percorreu toda sua orelha juntamente com sua língua, as mãos dele apertaram e puxaram sua blusa como se a quisesse arrancar dali, uma risada baixa foi o que ele escutou dela e isso o fez queimar, suas mãos desceram até sua cintura e a apertaram com ansiedade e desejo, ela o olhou nos olhos e disse EU TE AMO!! Ele segurou seu rosto com paixão e delicadeza, tirou uma mexa de cabelo da frente de seu rosto e disse TE AMO!! O beijo veio cheio de amor, ternura, carinho, mas também de euforia, desejo e até um pouco de violência, mas apenas o suficiente para se desejar mais... se amaram 1 2 3 vezes, deitaram um ao lado do outro respiraram fundo e começaram a conversar, uma conversa descontraída, brincaram, riram um do outro e foram adormecendo lentamente, não sabendo quem havia sido o primeiro a se render aos sonhos cada vez mais próximos...
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